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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Junta de Dilatação do Forro de Gesso


Olá! Seja bem vindo!

    Hoje decidi falar sobre o forro de gesso (fundamental para um bom projeto de iluminação), em especial sobre a junta de dilatação. Quando eu ainda não era designer de interiores, o gesseiro veio fazer o forro de gesso do apartamento que eu moro e achei muito esquisito essa história de Junta de Dilatação.

   Pra mim, ficaria um buraco muito feio entre o teto e a parede e me bateram várias dúvidas. E se entrassem insetos na junta? Iria acumular teias de aranha mais facilmente? Como fariam para instalar os armários embutidos? Ia ficar um buraco no acabamento do armário? Agora, depois de formada em Design de Interiores, agradeço por ele ter feito a junta de dilatação na minha casa e neste post vou explicar o motivo!

   O GESSO
   O gesso é um material obtido a partir do aquecimento da gipsita, um mineral abundante na natureza que tem uma extração em torno de 97 milhões de toneladas por ano. De acordo com informações do Index Mundi, a China é a maior produtora de gipsita, seguida pelos EUA e pelo Irã. O Brasil ocupa o 11º lugar, sendo que 93% das nossas reservas estão na Bahia, Pará e em Pernambuco.


   USOS

   Além de deixar a casa mais bonita, o forro de gesso pode esconder imperfeições da casa, como por exemplo fios, vigas ou canos expostos. Seu acabamento é fino, liso, sem defeitos de pinturas e manchas causadas pelo reboco.

   O gesso tem sido cada vez mais utilizado nas construções brasileiras, especialmente em dois casos: fundição, quando o gesso é empregado na fabricação de pré-moldados (drywall, chapas de gesso acartonado, blocos reforçados e placas para forros) ou para revestimento, em paredes e tetos de ambientes secos.

   A iluminação da sanca é uma utilização comum do forro de gesso, sendo ela aberta, fechada ou invertida. É um detalhe arquitetônico que auxilia a distribuição de luz no ambiente.

SANCA ABERTA

SANCA FECHADA

SANCA INVERTIDA


   RACHADURAS E TRINCAS NO FORRO DE GESSO

   Em algumas instalações, o forro de gesso apresenta rachaduras ou trincas devido a trepidações externas da edificação e/ou dilatações e refrações térmicas do material, ou seja, dependendo da temperatura o gesso expande ou contrai e, se ele não tiver espaço, ocorrerá a trinca. A proximidade da edificação a avenidas e ruas com tráfego intenso, especialmente de veículos pesados, faz o edifício trepidar, o que contribui para o surgimento destas patologias no forro de gesso. É aí que entra a junta de dilatação!


   JUNTA DE DILATAÇÃO

   A junta de dilatação, também conhecida como tabica, baguete ou negativo do gesso, é uma peça instalada dentro do forro para deixá-lo longe da alvenaria, permitindo que ele não receba toda a carga da trepidação do edifício e que a alvenaria não delimite o espaço disponível para dilatação e refração natural do gesso. O material da junta pode ser de gesso mesmo ou de metal não oxidável, uma escolha feita de acordo com o tipo de sistema de fixação adotado.

    Além de proteger o gesso de trincas e rachaduras, aquele "espaço" existente entre a parede e o forro dá a impressão de que o forro de gesso está flutuando, causando uma sensação visual contemporânea e limpa - com a qual eu não estava habituada quando o gesseiro veio fazer a instalação na minha casa. Ainda bem que ele fez a instalação, pois em 5 anos meu forro de gesso nunca rachou nem trincou!


  




OPÇÃO PARA OS MAIS CLÁSSICOS

   Eu me acostumei com a presença da junta de dilatação na minha casa, mas para quem não se acostumou ou deseja um visual mais clássico, existe uma opção que pode ser utilizada e fica bem bonito: a instalação da moldura como apoio às placas do forro de gesso.

   A moldura de gesso que irá apoiar as placas do forro funciona como se fosse a junta de dilatação, mas a instalação deve ser feita sem chumbar o forro na parede. Pode ser utilizada a moldura reta ou a moldura em diagonal. Primeiro deve-se instalar a moldura, depois as placas de gesso - nunca ao contrário.




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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Iluminação de Espelho de Camarim

    Olá! Seja bem vindo!

   Você já foi a uma festa e, ao olhar no espelho do banheiro, se assustou com o excesso de maquiagem e/ou com suas falhas? Isso é mais comum do que se imagina, mas acredite: o erro não foi na maquiagem e sim na iluminação.

   Em festas, gravações ou fotografias (profissionais ou não), a iluminação diferente daquela que foi utilizada no momento de aplicar a maquiagem pode influenciar no resultado final. Caso não seja possível utilizar a luz natural para aplicar a maquiagem, o profissional de Lighting Design pode te ajudar!

   A iluminação de espelhos para maquiagem também costuma ser objeto de dúvidas dos profissionais que trabalham com projeto de interiores. Como iluminar? Como escolher as lâmpadas? Como posicioná-las?

   Sem dúvida, a melhor lâmpada a ser utilizada em espelhos-camarim de penteadeiras ou salões de beleza é a lâmpada incandescente: sendo comum ou halógena, é a única que possui IRC 100%.

   IRC é a sigla de "Índice de Reprodução Cromática", que é a medida da capacidade de reprodução de cores da luz ao iluminar um objeto. O percentual desse índice nos permite saber o quanto a luz artificial que uma lâmpada emite distorce uma cor em comparação à mesma cor sob a luz natural do sol, que é o astro utilizado como fonte de referência para esta medida.
   Desta forma, uma lâmpada com IRC de 100% não altera a cor da make. Hoje em dia, as lâmpadas de LED e fluorescentes possuem, em sua maior parte, o IRC de 80%. Já existem alguns modelos LED no mercado que chegam a 90%, entretanto para uso comercial. Na imagem ao lado, vemos a PARATHOM PRO LET SPOT 111, da OSRAM, uma substituta LED à AR111 halógena.

    Pontos negativos: as lâmpadas incandescentes emitem bastante calor e têm baixa eficiência energética.

   Proibição no Brasil: as lâmpadas incandescentes comuns foram proibidas no Brasil através da Portaria Interministerial nº 1.007/2010, que determinou a proibição gradual de fabricação, importação e comercialização das lâmpadas até 30/06/2016, porém ainda é possível encontrar à venda as lâmpadas incandescentes tipo "bolinha" e "vela", por estarem em uma das exceções da portaria, prevendo que aquelas de 45mm ou menos de diâmetro e com potências iguais ou inferiores a 40W ainda podem ser comercializadas. Afinal de contas, as incandescentes "bolinha" são as clássicas e mais utilizadas nos espelhos-camarim, concedendo ao ambiente todo o charme dos camarins de cinema Hollywoodianos.

   Mas, para aquelas pessoas mais econômicas e com ideais de sustentabilidade - como eu -, ou mesmo se a cor exata da maquiagem não lhe é profissionalmente tão importante, o uso de lâmpadas LED "bolinha" é indicado.


   LOCAL DAS LÂMPADAS

   A iluminação geral do ambiente contribui bastante na hora de fazer a make. No caso do espelho de camarim, a luz incide de frente sobre a pessoa a ser maquiada eliminando todas as sombras do rosto, porém, é interessante utilizar um segundo tipo de iluminação.

   A melhor opção para a iluminação geral do recinto é a "difusa", ou seja, aquela que é emitida para todos os lados, criando uma iluminação homogênea e uniforme sem causar sombras fortes e demarcadas, ao contrário da iluminação direcionada. Portanto, evite se maquiar sob lâmpadas dicróicas que, apesar de terem o IRC de 100% (quando halógenas), causam sombras indesejadas no rosto, especialmente na área dos olhos, e sombreiam outras áreas que não foram maquiadas, como o pescoço e o queixo.

   Mesmo em alguns casos, os espelhos-camarim não são totalmente eficientes. No modelo ao lado, podemos visualizar uma penteadeira estilo "camarim", vendida no Magazine Luiza neste link. Este modelo de penteadeira é bonito, mas peca ao não ter lâmpadas na parte inferior ao redor espelho, o que não proporcionaria a iluminação adequada no pescoço e queixo do usuário.


  
ILUMINANDO SEM O ESPELHO DE CAMARIM

   Se você não possui um espelho-camarim, ainda é possível iluminar adequadamente a aplicação de sua maquiagem com a iluminação difusa. Como a localização da lâmpada e da luminária influenciam na hora de fazer uma boa maquiagem, recomendamos que a iluminação difusa provenha de luminárias de teto embutidas com lâmpadas fluorescentes ou LEDs e a utilização de um difusor, de acrílico ou vidro jateado, sendo combinada com a iluminação rebatida, vinda de lâmpadas embutidas atrás do próprio espelho.

   TEMPERATURA DE COR

   Temperatura de cor é a aparência da cor da lâmpada quando está acesa. É medida em Kelvin e os valores maiores equivalem à luz fria, enquanto os valores menores equivalem à luz quente, podendo mudar a sensação do ambiente, estimulando produtividade ou emanando conforto e aconchego.
    A temperatura de cor, a princípio, não tem muita importância no resultado final da maquiagem, entretanto alguns profissionais sentem necessidade de utilizar a luz fria para simular a luz do dia em maquiagens que serão usadas em ambientes externos e a luz quente para a simulação da iluminação de makes que vão ser usadas em ambientes internos.

   Hoje em dia, podem ser encontradas luminárias embutidas em penteadeiras e espelhos, como o da foto, que são de LED, contornam os quatro lados do espelho e podem ter a temperatura de cor alterada!

  
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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O que é Retrofit?


Olá! Seja bem vindo ao meu blog!

   As pessoas às vezes acham estranho quando conto que trabalho com Retrofit Luminotécnico, ou não conhecem muito sobre o meu trabalho, portanto achei legal explicar um pouquinho sobre o Retrofit Luminotécnico.

   Retrofit é um termo da engenharia para o processo de modernização de algum equipamento obsoleto ou fora das normas técnicas. Em iluminação, o Retrofit Luminotécnico se refere à adequação da iluminação de qualquer ambiente (residencial/comercial), interno ou externo.

   Em 2001, uma crise energética assolava o Brasil. Com apagões e campanhas governamentais para economia de energia, houve um grande movimento para a troca das lâmpadas convencionais de tungstênio (lâmpada incandescente) por lâmpadas fluorescentes compactas e fluorescentes tubulares. Este movimento de troca de lâmpadas obsoletas por outras mais modernas foi, nada mais nada menos, que um Retrofit Luminotécnico!

   Durante o "apagão", vários comentários inverídicos/lendas existiam para evitar o retrofit para lâmpadas fluorescentes. Hoje, a história se repete e as pessoas costumam ter uma certa aversão às lâmpadas LED, com argumentos, por exemplo, de que elas não iluminam como as fluorescentes. Entretanto, a tecnologia LED se desenvolveu de forma veloz e atualmente um bom designer de iluminação consegue realizar o retrofit iluminando do mesmo jeito que antes (ou melhor!) e gastando pouco.

   O assunto fica mais interessante quando a conta cai mais leve no bolso. Para a felicidade dos consumidores, a tecnologia LED está ficando com preços cada vez mais baixos. Dados do site G1 informam que, numa casa com 2 quartos e 8 lâmpadas incandescentes ligadas por 8h por dia, se substituídas por fluorescentes ou leds, economizam:

Tempo: Por Lâmpada Fluorescente: Por Lâmpada LED:
1 ano após a troca: R$511,88 R$521,46
5 anos após a troca: R$2.775,40 R$3.151,32
10 anos após a troca: R$5.638,80 R$6.454,64

   Esta tabela ignorou a quantidade de vezes que se faz a troca das lâmpadas fluorescentes durante estes 10 anos. De acordo com Thuanne Baptista, da área de engenharia elétrica, a vida útil da lâmpada de LED é de 15.000 a 25.000 horas, sendo que as lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares possuem aproximadamente 8.000 horas de vida útil. Lembre-se: as lâmpadas fluorescentes são feitas de material frágil, enquanto algumas lâmpadas de LED possuem maior resistência a impactos, por serem feitas de material plástico.

   Quando se trata do descarte das lâmpadas, as lâmpadas LED não agridem o ambiente como as fluorescentes, que possuem metais que podem contaminar o solo e a água quando são descartadas de maneira incorreta - e realmente: as fluorescentes quando queimam são apenas jogadas no lixo ao invés de serem destinadas aos pontos de coleta para reciclagem.

   Para completar as informações, as lâmpadas de filamento foram proibidas por durarem pouco e consumirem muito, possuindo baixa eficiência energética. Em breve, as lâmpadas fluorescentes também podem ser retiradas do mercado, pois a tecnologia LED avança rapidamente.

   Gostou? Então, entre em contato comigo para fazer seu Retrofit Luminotécnico! E-mail: priscilla12300@gmail.com

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Mensagem da nossa Designer: Priscilla Tôrres

Sou completamente apaixonada pelo meu trabalho, especialmente por iluminação. Modelar a luz e a sombra é uma poesia. O respeito pelo passado e a visão esperançosa do futuro me movem.

Nasci em Belo Horizonte em 1987, tenho formação superior em Design de Interiores e sempre busco novas tecnologias em iluminação e sustentabilidade. ​

Cursos de curta duração em: Iluminação, Desenho de Móveis Planejados, SketchUp, Vray, AutoCAD. Capacitada em Gestão de Museus e Centros Culturais pelo instituto IEDS.

Registrada na Associação Brasileira de Design sob o nº 25.037

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